quinta-feira, 8 de novembro de 2012

SEGUNDOS PASSOS

Dei de cara na esquina do mundo.
Entrevi pela fresta do escuro um resto de luz,
projéteis lunares.
arte bruta, tato cego, desejos mudos, ecos surdos.
Pontes seculares entre homens e deuses atravessada
Em segundos passos.
Onde estão meus paços?
Onde andarão? Ocuparão que lugar?
Agora são rastros dos sapatos de outrem,
buracos negros e requiéns de estrelas.

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