Nem preta nem branca
Fugi da minha tribo
Para me perder no
lavrado
Me refugiar ao Sol
Pintar de castanho
num deleite brando
Sinuosa cor de tocar
Haja espelho em que me
veja:
Boa vista linda meu
luar!
A brincar com a cor dos
meus cabelos
Com meu jeito de cantar
Em cantos de Makunaima
A manchar de camu-camu
tua cor
Encher de damurida teu
sabor, teu ardor
Espere em Roro-ímã
Antes da luz coroar
Para que antes de
partir
Leve em seu peito
(forasteiro)
A muiraquitã que vou
lhe ofertar.
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