E
eu fiquei lá estirada na grama
Ao
lado da bicicleta
Como
alguma coisa estranha
Que
doía nas entranhas de um homem,
Num
paroxismo Nabokoveta.
Mas
vou entrar antes que voce volte
Outra
vez a me mutilar
Com
seu par de olhos
Por
sobre meus óculos de sol
De
boneca
Traulitando
uma canção
Da
qual nunca esqueço a letra
Porque
voce sempre entra,
Sobe
as escadas, bate a porta
Abre
a gaveta e me violenta...
Sai,
escreve um livro
E
se proclama poeta...
E
eu fiquei lá, estirada na cama
Com
algo doído nas minhas
Próprias
entranhas...
Deve
ser mais uma tolice
De
outra criança
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